quinta-feira, 15 de maio de 2008

A segurança.

Hoje, um caso inesperado veio à tona em nossa cidade, mais precisamente no distrito de Guanumby (São Domingos), no início da noite de ontem foi registrado, se não me engano, o segundo caso de seqüestro em nosso município. A violência em que vivemos é insuportável, não se pode mais sequer demonstrar condições financeiras para se ter uma boa qualidade de vida, pois os “malas” já ficam de olho planejando o mal para a sua pessoa e sua família. Enquanto isso, enquanto pagamos nossos impostos ao Estado, principal responsável por esta situação deplorável de insegurança, não faz nada, deixa para agir depois que o crime já foi cometido, isso quando age. Nossos vigilantes, não sei se é somente culpa do Estado, encontram-se de olhos fechados, desaparelhados, mãos atadas e atolados de pessoas que não garantem segurança de ninguém, muito pelo contrário, devido a situação financeira ou até mesmo a lavagem cerebral de pessoas ruins que passam pelo caminho deles, começam a não mais fazer segurança e sim a praticar crimes. Espero que nossos governantes tenham um pouco de sensibilidade e abram os olhos começando a fazer o que foram eleitos para fazer, cuidem do povo, dêem segurança, justiça, saúde, educação e emprego remunerado decentemente, assim, somente assim, sairemos deste caos.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Que frio!!!!!

Não pense que a máquina fotográfica que tirou esta foto estava com defeito de foco, não! O clima às 23h30 estava justamente assim, MUITO FRIO!!!! Buíque, volta a ter a cara de Buíque, mês de maio, início do período chamado de Inverno do Sertão, muito frio, muita roupa e muita comida bem quentinha, para vencer este gelo, se você não conhece, deveria conhecer, é lindo.

Agora falando sério, esta cidade não merecia fazer parte do Circuito do Frio?

sábado, 10 de maio de 2008

Agradecimentos

Hoje senti mais orgulhos do blog que estou escrevendo, fotos publicadas aqui, foram também públicadas no Jornal Correio da Cidade do meu amigo PC Cavalcanti.
É certo que o conteúdo da matéria lá publicada é um pouco menos apimentada, mas valeu pelo reconhecimento.
Abraços PC.
Link para o blog do Jornal.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Grito de revolta.


Hoje, logo cedo, fui para o Distrito Catimbau, uma pequena vila deste Município de Buíque, que fica encravada em um dos mais belos lugares deste mundo, onde a mãe natureza fez uma pintura, uma verdadeira obra de arte. Vários são os mitos que cercam o Vale do Catimbau, fui criado ouvindo lendas sobre as riquezas que lá existe, nunca exploradas e nunca provadas, mas, este ano foi comprovado o que estou falando, o Vale do Catimbau foi eleito uma das sete maravilhas do nosso Estado, o interessante nisso tudo é que na visita que fiz, tirando a exuberante paisagem natural, não vi uma vila tão atrativa e, quando aproximo mais a foto, se ver que o que falo não é mentira, o povo daquele canto do mundo já não agüenta mais tanto sofrimento, vejam o apelo e a crítica feita...

Ah! Tirando o erro de português "ISTO SÃO MUITAS PROMESSAS FALSAS!!!". O local que escolheram para colocar essa placa (pasme), fica na praça central, numa casa em ruínas, o que parece comum naquele setor.
A vila mais parece um pousio que não tem data prevista para voltar ao cultivo.

Feio não?

domingo, 4 de maio de 2008

Social


Mais um sonho se realizou. Realmente não se tem outra palavra para expressar o que aconteceu na cidade de Pesqueira na noite do dia dezenove de abril do ano de 2008, foi a mais bela cerimônia de casamento que já fui.O noivo, meu amigo de infância Marcos Charles, estava que só era alegria, a noiva, uma rainha da simpatia e do bom humor. Desejo aos noivos, agora casal, muita felicidade e que a vida juntos seja regada de muito amor e muita saúde.
Abraços.


Clique aqui. e vá conferir todas as fotos desta maravilhosa noite.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Um pouco de Graciliano Ramos.



Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, sertão de Alagoas, filho primogênito dos dezesseis que teriam seus pais, Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Viveu sua infância nas cidades de Viçosa, Palmeira dos Índios (AL) e Buíque (PE), sob o regime das secas e das suas que lhe eram aplicadas por seu pai, o que o fez alimentar, desde cedo, a idéia de que todas as relações humanas são regidas pela violência. Em seu livro autobiográfico "Infância", assim se referia a seus pais: "Um homem sério, de testa larga (...), dentes fortes, queixo rijo, fala tremenda; uma senhora enfezada, agressiva, ranzinza (...), olhos maus que em momentos de cólera se inflamavam com um brilho de loucura".

Em 1894, a família muda-se para Buíque (PE), onde o escritor tem contacto com as primeiras letras.

Em 1904, retornam ao Estado de Alagoas, indo morara em Viçosa. Lá, Graciliano cria um jornalzinho dedicado às crianças, o "Dilúculo". Posteriormente, redige o jornal "Echo Viçosense", que tinha entre seus redatores seu mentor intelectual, Mário Venâncio.

Em 1905 vai para Maceió, onde freqüenta, por pouco tempo, o Colégio Quinze de Março, dirigido pelo professor Agnelo Marques Barbosa.

Com o suicídio de Mário Venâncio, em fevereiro de 1906, o "Echo" deixa de circular. Graciliano publica na revista carioca "O Malho" sonetos sob o pseudônimo de Feliciano de Olivença.

Em 1909, passa a colaborar com o "Jornal de Alagoas", de Maceió, publicando o soneto "Céptico" sob o pseudônimo de Almeida Cunha. Até 1913, nesse jornal, usa outros pseudônimos: S. de Almeida Cunha, Soares de Almeida Cunha e Lambda, este usado em trabalhos de prosa. Até 1915 colabora com "O Malho", usando alguns dos pseudônimos citados e o de Soeiro Lobato.

Em 1910, responde a inquérito literário movido pelo Jornal de Alagoas, de Maceió. Em outubro, muda-se para Palmeira dos Índios, onde passa a residir.

Passa a colaborar com o "Correio de Maceió", em 1911, sob o pseudônimo de Soares Lobato.

Em 1914, embarca para o Rio de Janeiro (RJ) no vapor Itassuoê. Nesse ano e parte do ano seguinte, trabalha como revisor de provas tipográficas nos jornais cariocas "Correio da Manhã", "A Tarde" e "O Século". Colaborando com o "Jornal de Alagoas" e com o fluminense "Paraíba do Sul", sob as iniciais R.O. (Ramos de Oliveira). Volta a Palmeira dos Índios, em meados de 1915, onde trabalha como jornalista e comerciante. Casa-se com Maria Augusta Ramos.

Sua esposa falece em 1920, deixando quatro filhos menores.

Em 1927, é eleito prefeito da cidade de Palmeira dos Índios, cargo no qual é empossado em 1928. Ao escrever o seu primeiro relatório ao governador Álvaro Paes, ¿um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura de Palmeira dos Índios em 1928¿, publicado pela Imprensa Oficial de Alagoas em 1929, a verve do escritor se revela ao abordar assuntos rotineiros de uma administração municipal. No ano seguinte, 1930, volta o então prefeito Graciliano Ramos com um novo relatório ao governador que, ainda em nossos dias, não se pode ler sem um sorriso nos lábios, tal a forma sui generis em que é apresentado. Dois anos depois, renuncia ao cargo de prefeito e se muda para a cidade de Maceió, onde é nomeado diretor da Imprensa Oficial. Casa-se com Heloisa Medeiros. Colabora com jornais usando o pseudônimo de Lúcio Guedes.

Demite-se do cargo de diretor da Imprensa Oficial e volta a Palmeira dos Índios, onde funda urna escola no interior da sacristia da igreja Matriz e inicia os primeiros capítulos do romance São Bernardo.

O ano de 1933 marca o lançamento de seu primeiro livro, "Caetés", que já trazia consigo o pessimismo que marcou sua obra. Esse romance Graciliano vinha escrevendo desde 1925.

No ano seguinte, publica "São Bernardo". Falece seu pai, em Palmeira dos Índios.

Em março de 1936, acusado ¿ sem que a acusação fosse formalizada ¿ de ter conspirado no malsucedido levante comunista de novembro de 1935, é demitido, preso em Maceió e enviado a Recife, onde é embarcado com destino ao Rio de Janeiro no navio "Manaus". com outros 115 presos. O país estava sob a ditadura de Vargas e do poderoso coronel Filinto Müller. No período em que esteve preso no Rio, até janeiro de 1937, passou pelo Pavilhão dos Primários da Casa de Detenção, pela Colônia Correcional de Dois Rios (na Ilha Grande), voltou à Casa de Detenção e, por fim, pela Sala da Capela de Correção. Seu livro "Angústia" é lançado no mês de agosto daquele ano. Esse romance é agraciado, nesse mesmo ano, com o prêmio "Lima Barreto", concedido pela "Revista Acadêmica".

Foi libertado e passou a trabalhar como copidesque em jornais do Rio de Janeiro, em 1937. Em maio, a "Revista Acadêmica" dedica-lhe uma edição especial, de número 27 - ano III, com treze artigos sobre o autor. Recebe o prêmio "Literatura Infantil", do Ministério da Educação", com "A terra dos meninos pelados."

Em 1938, publica seu famoso romance "Vidas secas". No ano seguinte é nomeado Inspetor Federal do Ensino Secundário no Rio de Janeiro.

Em 1940, freqüenta assiduamente a sede da revista "Diretrizes", junto de Álvaro Moreira, Joel Silveira, José Lins do Rego e outros "conhecidos comunistas e elementos de esquerda", como consta de sua ficha na polícia política. Traduz "Memórias de um negro", do americano Booker T. Washington, publicado pela Editora Nacional, S. Paulo.

Publica uma série de crônicas sob o título "Quadros e Costumes do Nordeste" na revista "Política", do Rio de Janeiro.

Em 1942, recebe o prêmio "Felipe de Oliveira" pelo conjunto de sua obra, por ocasião do jantar comemorativo a seus 50 anos. O romance "Brandão entre o mar e o amor", escrito em parceria com Jorge Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz é publicado pela Livraria Martins, S. Paulo.

Em 1943, falece sua mãe em Palmeira dos Índios.

Lança, em 1944, o livro de literatura infantil "Histórias de Alexandre". Seu livro "Angústia" é publicado no Uruguai.

Filia-se ao Partido Comunista, em 1945, ano em que são lançados "Dois dedos" e o livro de memórias "Infância".

O escritor Antônio Cândido publica, nessa época, uma série de cinco artigos sobre a obra de Graciliano no jornal "Diário de São Paulo", que o autor responde por carta. Esse material transformou-se no livro "Ficção e Confissão".

Em 1946, publica "Histórias incompletas", que reúne os contos de "Dois dedos", o conto inédito "Luciana", três capítulos de "Vidas secas" e quatro capítulos de "Infância".

Os contos de "Insônia" são publicados em 1947.

O livro "Infância" é publicado no Uruguai, em 1948.

Traduz, em 1950, o famoso romance "A Peste", de Albert Camus, cujo lançamento se dá nesse mesmo ano pela José Olympio.

Em 1951, elege-se presidente da Associação Brasileira de Escritores, tendo sido reeleito em 1962. O livro "Sete histórias verdadeiras", extraídas do livro "Histórias de Alexandre", é publicado.

Em abril de 1952, viaja em companhia de sua segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, à Tcheco-Eslováquia e Rússia, onde teve alguns de seus romances traduzidos. Visita, também, a França e Portugal. Ao retornar, em 16 de junho, já enfermo, decide ir a Buenos Aires, Argentina, onde se submete a tratamento de pulmão, em setembro daquele ano. É operado, mas os médicos não lhe dão muito tempo de vida. A passagem de seus sessenta anos é lembrada em sessão solene no salão nobre da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em sessão presidida por Peregrino Júnior, da Academia Brasileira de Letras. Sobre sua obra e sua personalidade falaram Jorge Amado, Peregrino Júnior, Miécio Tati, Heraldo Bruno, José Lins do Rego e outros. Em seu nome, falou sua filha Clara Ramos.

No janeiro ano seguinte, 1953, é internado na Casa de Saúde e Maternidade S. Vitor, onde vem a falecer, vitimado pelo câncer, no dia 20 de março, às 5:35 horas de uma sexta-feira. É publicado o livro "Memórias do cárcere", que Graciliano não chegou a concluir, tendo ficado sem o capítulo final.

Postumamente, são publicados os seguintes livros: "Viagem", 1954, "Linhas tortas", "Viventes das Alagoas" e "Alexandre e outros heróis", em 1962, e "Cartas", 1980, uma reunião de sua correspondência.

Seus livros "São Bernardo" e "Insônia" são publicados em Portugal, em 1957 e 1962, respectivamente. O livro "Vidas secas" recebe o prêmio "Fundação William Faulkner", na Virginia, USA.

Em 1963, o 10º aniversário da morte de Mestre Graça, como era chamado pelos amigos, é lembrado com as exposições "Retrospectiva das Obras de Graciliano Ramos", em Curitiba (PR), e "Exposição Graciliano Ramos", realizada pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Em 1965, seu romance "Caetés" é publicado em Portugal.

Seus livros "Vidas secas" e "Memórias do cárcere" são adaptados para o cinema por Nelson Pereira dos Santos, em 1963 e 1983, respectivamente. O filme "Vidas secas" obtem os prêmios "Catholique International du Cinema" e "Ciudad de Valladolid" (Espanha). Leon Hirszman dirige "São Bernardo", em 1980.